Alter do Chão em Santarém, no estado do Pará - Brasil, está localizada às margens do Rio Tapajós na região considerada o caribe brasileiro. Aqui é possível desfrutar de praias de águas verdes e cristalinas, trilhas na floresta, passeios fluviais, pescarias inesquecíveis e conhecer o exotismo da Amazônia onde a natureza é absolutamente soberana.

A Pousada Encanto Amazônico possui como características chalés com temas eminentemente amazonicos podendo pode escolher entre o "Chalé Tucunaré", o "Chalé Bambu", o "Chalé Muiraquitã", "Chalé dos Botos - Cor de Rosa e Tucuxi". Todos os chalés estão equipados com Tv, ar condicionado e chuveiro elétrico. Tem área de lazer com piscina e churrasqueira. Oferece serviços como café da manhã das 07h às 10h e lavanderia.

A Pousada Encanto Amazônico fica a alguns metros de maravilhosas praias como Lago Verde, Ilha do Amor, Ponta do Cururu e a 30 km de Santarém. A Vila de Alter do Chão conta com Correios, Centro de Saúde, agência bancária, mini-mercado, posto de combustível, restaurantes e comércio diversificado incluindo artesanato.



domingo, 26 de dezembro de 2010

VOCÊ CONHECE A LENDA DO BOTO?

Conta a lenda que o boto, mamífero encontrado nos rios da Amazônia, se transforma em um belo e elegante rapaz durante a noite, quando sai das águas à conquista das moças.

Elas não resistem a sua beleza e simpatia e caem de amores por ele. O Boto também é considerado protetor das mulheres, pois quando ocorre naufrágio com uma embarcação, se o boto estiver por perto ele salva a vida das mulheres empurrando-as para a margem do rio.

As mulheres são conquistadas pelo boto na beira dos rios, quando vão tomar banho ou mesmo nas festas realizadas nas cidades próximas a rios. O boto vai aos bailes e dança com sua provável vítima, lançando galanteios de sedução.

A mulher, sem desconfiar da armadilha, se apaixona e engravida do "rapaz". É por esta razão que ao boto é atribuída a paternidade de todos os filhos de mães solteiras.

domingo, 21 de novembro de 2010

Artesanato santareno vai a Salão de Turismo em São Paulo

Cuias, trançados, cerâmica e a culinária devem representar a cultura local.
É a primeira vez que o artesanato de Santarém consegue um local específico no Salão de Turismo.

O evento acontece no início de julho e agora a participação deve ser mais efetiva.

Para representar a arte local serão levadas cuias, símbolos do artesanato em regiões como a vila de Aritapera; os trançados de Araipuns, comercializados em centros turísticos e a cerâmica Tapajoara, reconhecida mundialmente.

Informativos e um mapa sobre as belezas naturais devem ser distribuídos nas principais operadoras de eco-turismo de São Paulo.

Entre as missões mais importantes da participação é a divulgação da tradicional festa do Sairé e da praia de Alter do Chão.

Além disso, a culinária e as lendas regionais devem contribuir para atrair turistas.

Segundo o secretário municipal de turismo, Arnoldo Andrade, quem visitar o Salão de Turismo vai poder saborear as balas de cupuaçu e muruci, além de prestigiar e conhecer a lenda boto em uma apresentação que será realizada por um casal santareno.


Com informações de Cissa Loyola

Pesquisadores estudam sítios arqueológicos em Santarém

Parceria entre Suecos e Brasileiros modifica ideia de historiadores
Pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, localizada na Suécia, em parceria com os pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA, estudam depressões ao longo da rodovia BR – 163, provavelmente feitas pelos primeiros moradores da floresta, para reservatório de água.

As pesquisas têm por objetivo identificar e salvar o patrimônio arqueológico da região. O projeto é realizado desde 2006 e já localizou 90 sítios arqueológicos. Esses dados contestam as ideias dos historiadores de que a região Amazônica ter sido pouco povoada.

Durante esses quatros os pesquisadores já catalogaram fragmentos de cerâmica e localizaram poços com até cem metros de diâmetros em áreas ao sul de Santarém.

Segundo o pesquisador Anderson Márcio, ainda não existe um número aproximado de quantas pessoas viveram com águas estocadas nesses reservatórios.


Tâmia Lacerda com informações de Daniele Gambôa

AS LENDAS DO IMAGINÁRIO PARAENSE

Animais, mitos, frutas, assombrações, são muitas as lendas que povoam o imaginário popular no Pará, que transforma em um rico caldo cultural a mistura das influências indígenas, portuguesas e africanas. 


O açaí

Ilustração: Antônio Elielson Sousa da RochaHá muito tempo, quando ainda não existia a cidade de Belém, vivia no local uma tribo indígena muito numerosa. Como os alimentos eram escassos, tornava-se muito difícil conseguir comida para todos os índios da tribo.

Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel: resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional de sua tribo. Até que um dia a filha do cacique, chamada Iaçã, deu à luz uma bonita menina, que também teve de ser sacrificada. Iaçã ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades de sua filhinha.

Ficou vários dias enclausurada em sua tenda e pediu a Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar o povo, sem o sacrifício das crianças. Certa noite de lua, Iaçã ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua linda filhinha sorridente, ao pé de uma esbelta palmeira. Inicialmente ficou estática, mas logo depois, lançou-se em direção à filha, abraçando-a. Porém, misteriosamente sua filha desapareceu. Iaçã, inconsolável, chorou muito até desfalecer.

No dia seguinte, seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros. Itaki então mandou que apanhassem os frutos em alguidar de madeira, obtendo um vinho avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (IAÇÃ invertido). Alimentou seu povo e, a partir desse dia, suspendeu a ordem de sacrificar as crianças.

domingo, 24 de outubro de 2010

Um rio de fé no Pará de muitas crenças - Círio 2010



Se a fé move montanhas, no Pará ela atravessa rios, florestas e se mantém viva ano após ano. É nessa terra de grandiosidade que acontece o Círio de Nazaré, uma gigantesca e secular procissão religiosa, considerada a maior expressão de fé do povo católico paraense.


No segundo domingo de outubro, o paraense prepara a casa e a alma para demonstrar o amor à Virgem de Nazaré.







 A manifestação em Belém é só uma das diversas que são realizadas em vários cantos dos 143 municípios que compõem o Pará.

Nessa terra de rica cultura popular, a mistura entre o religioso e o profano também não poderia faltar.

Quem chega ao Pará sai com a certeza de que nesse lugar de muita fé há espaço para muitas devoções.








A devoção que povoa mentes, lugares e registra passagens da história religiosa do Estado.


Calor em Santarém


Foto Celivaldo Carneiro

Bonés, sombrinhas, água de coco, sorvetes, e até sombra de árvore, vale de tudo para se proteger do intenso calor que atinge a cidade.

No entanto, não basta se proteger do calor. A população deve ficar atenta para as doenças típicas deste período de baixa umidade.

A ausência de chuvas e o calor excessivo são os grandes vilões responsáveis pelas viroses. Os sintomas se repetem todos os anos: febre alta, garganta inflamada, tosse.

“O ideal é que a pessoa beba pelo menos dois litros d’agua ao dia. Desse dois litros de 400 ml a 800 ml podem ser bebidas em forma de suco. No caso de frutas cítricas ricas em vitaminas C.”

O santareno então foge para as maravilhosas praias ou para os igarapés - inúmeros - com água geladinha, muita sombra e descontração

Alenquer: Vazante é considerada a maior dos últimos anos

 Alenquer - Durante as últimas semanas os pequenos rios da região desapareceram deixando apenas uma longa faixa de praia. Por causa da seca, as famílias que moram nas regiões de várzeas, que utilizavam os rios para se locomoverem, agora precisaram caminhar quilômetros de terra batida para chegar ao destino

“Seca traz problema para os ribeirinhos devido o transporte ficar difícil. Essa área não ficou assim há muito tempo”

Segundo os ribeirinhos, a seca de 2010, em Alenquer, já superou a de 2005, considerada a maior nos últimos anos.

A seca trouxe a tona uma realidade da história da região. Na frente da cidade a vazante do rio revelou o que os moradores mais antigos testemunharam: o local já foi arborizado. Os troncos, que durante décadas ficaram submerso, mostram que o processo de devastação das matas vem acontecendo a muitos anos, comprometendo o meio ambiente e mexendo com o equilíbrio da região.

“Como agora estamos vivendo, de alguns anos para cá, grandes enchentes e grandes secas, então podemos constatar o que os nossos antepassados, nossos contemporâneos, estão nos confirmando em relação da questão da área o que seria um verdadeiro igapó”.

Tâmia Lacerda com informações de Frank de Oliveira

Alter do Chão integra o Pólo Turístico Tapajós

Programa - Criado pelo governo federal, por meio do Ministério do Turismo (MTur), o Prodetur integra o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Regional do Turismo, que compõe o Plano Nacional de Turismo 2007-2010.

O objetivo do Prodetur é financiar programas regionais, visando o desenvolvimento do turismo por meio da captação de recursos no BID, garantindo ao governo local e à população os instrumentos adequados para manter e incrementar as atrações turísticas e os serviços do município na área de turismo.

No Pará, três polos turísticos serão contemplados com recursos do programa: Belém, Marajó e Tapajós. Serão investidos US$ 44 milhões, sendo US$ 26,4 milhões do BID e US$ 17,6 milhões de contrapartida do governo do Pará, na estratégia de produtos turísticos, comercialização, fortalecimento institucional, infraestrutura e gestão ambiental.



Agência Pará

TURISMO NO BRASIL DEVE CRESCER EM 2011

Impulsionado pelo crescimento da classe média brasileira, pelo dólar favorável e pela realização da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o turismo no Brasil deve crescer 12% neste ano, superando a expansão de 7% a 8% prevista para o Produto Interno Bruto (PIB).

A previsão é do Ministério do Turismo. O reaquecimento do mercado turístico ocorre depois de um período longo sem registros positivos, em 2009, em decorrência dos efeitos da crise econômica internacional.

As informações da agência BBC Brasil. O secretário executivo do Ministério do Turismo e presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Mário Moysés, afirmou que o número de visitantes do exterior voltou a crescer neste ano e deve chegar perto de 6 milhões em 2011.

As divisas estrangeiras que entram no país também refletem o crescimento: enquanto no ano passado os turistas deixaram cerca de R$ 9 bilhões no Brasil, até o fim deste ano terão deixado R$ 10,1 bilhões, na previsão do ministério.

O aquecimento se refletiu na 38ª edição da Feira das Américas – Abav 2010, que começou quarta-feira (20) no Riocentro e foi encerrada nessa sexta-feira. Tida como maior evento de turismo da América Latina, a feira registrou crescimento de 12% nos primeiros dois dias e contou com 737 expositores, contra 702 no ano passado.

O número de visitantes passou para 23.651, contra 21 mil em 2009. O evento é organizado pela Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav) e reúne agências, operadoras, representantes de hotéis e órgãos de turismo de diferentes países.

As metas do ministério são ambiciosas. De acordo com Moysés, a Embratur quer aumentar o ingresso de divisas em moeda estrangeira em quase 300% até 2020, chegando a US$ 20 bilhões, e trabalha para duplicar o número de visitantes estrangeiros até lá, com a meta de atrair 10 milhões.

“Temos um plano de promoção em uma série de países europeus, como a Itália, França, Portugal, a Alemanha, e nos principais países da América do Sul”, conta Moysés. “Ainda temos muito espaço para crescer na América do Sul. Há países que praticamente não nos visitam, como o Peru, a Colômbia, o Equador, a Venezuela. Eles olham para o Caribe e os Estados Unidos, mas praticamente não para o Brasil.”

Com o real valorizado e o aumento da classe média, mais brasileiros estão buscando destinos no exterior para passar suas férias. Concentrando a atenção nesse mercado crescente, 48 países vieram promover seus destinos na feira da Abav – alguns deles pela primeira vez, como a Áustria, os Emirados Árabes, a Croácia, a Polônia, Rússia, Tunísia e Uganda.

O presidente da Abav nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, espera que a Copa do Mundo e as Olimpíadas tragam mais turistas não apenas em 2014 ou 2016, mas durante todo o período que envolve a organização dos dois eventos. “Os eventos em si não são a melhor época para visitar o Brasil. Mas a grande vantagem é que despertam curiosidade para o país antes”, disse.

Para Ferreira, a ascensão de cerca de 30 milhões de brasileiros das classes C e D para a classe média deve ter fortes reflexos no turismo. Ainda assim, o otimismo inspirado pelos números é cercado de cautela.

A despeito das defasagens existentes nos aeroportos, o número de voos em território nacional também cresce. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o número de voos registrado entre janeiro e agosto deste ano foi recorde tanto nos trechos nacionais (com 43,3 milhões de desembarques, superando o mesmo período do ano passado em 23%) quanto nos internacionais (5,11 milhões de brasileiros e estrangeiros desembarcaram no país, 11,77% a mais que no mesmo período do ano anterior).

Agência Brasil

domingo, 3 de outubro de 2010

Cruzeiros são opção para fim de ano

Brasil - Ainda é possível comemorar o Natal ou o réveillon a bordo de um dos navios que estarão na costa brasileira neste fim de ano. De acordo com as empresas que operam cruzeiros no país.

Os cruzeiros, mesmo os nacionais, são fechados em dólar, a principal razão para os preços mais em conta.
Outro dado que favorece o consumidor é a maior oferta de navios: de acordo com a Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas (Abremar), 18 embarcações, duas a mais do que o ano passado, vão atender os turistas brasileiros. Ao todo serão 407 viagens com capacidade para atender mais de 860 mil passageiros.
DICAS PARA UMA BOA VIAGEM DE NAVIO

Informação


As empresas aconselham que o turista busque o máximo de informações possíveis sobre o itinerário, programação e serviços do navio, valores e formas de pagamento.

Documentação

É importante levar toda documentação solicitada, principalmente e viagens internacionais. É preciso atenção em relação às vacinas necessárias para determinados destinos.

Enjôo

Os navios mais modernos são equipados com estabilizadores, que reduzem os efeitos da ondulação do mar. As embarcações têm farmácias que oferecem remédio contra enjôo para quem passar mal.

Traje

Alguns cruzeiros têm festas a fantasia ou em traje de gala, por exemplo. O ideal é se informar para levar os trajes adequados para cada situação.

Fonte: Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas (Abremar)

Os pagamentos podem ser parcelados em até dez vezes em real o que torna as viagens marítimas mais acessíveis a todos os públicos, segundo a Abremar. A entidade afirma que para viagens nesta temporada há preços que variam entre 10 vezes de R$ 20, para minicruzeiros em dezembro, até cabines de R$ 40 mil, para o réveillon.

"Eu acho que este fim de ano está especial para o turista porque o acesso ao cruzeiro melhorou muito. (...) Nunca foi tão barato fazer um cruzeiro", afirma Ricardo Amaral, presidente da Abremar. A entidade espera um crescimento de 20% no faturamento do setor por conta da maior oferta e do aquecimento no setor.

Diretor comercial da CVC Cruzeiros, Rodolfo Szabo diz que em todos os navios da companhia ainda há vagas para o natal e ano novo. "Pode ser que o turista não encontre lugar em cabines mais baratas, ou suítes com varandas, que são as mais procuradas. Mas ainda há lugar", afirma.

Szabo aponta como vantagem para o consumidor o sistema de "tudo incluído", no qual o pacote já inclui refeições, bebidas e entretenimento. "Pode oferecer conforto completo, com tudo incluído. Na viagem, não precisa se preocupar com comida, bebida, acomodação, lazer. E com a vantagem de pagar tudo parcelado. O que existe de extra é butique, cabeleireiro, spa, excursões, o que é puramente opcional."

G1

Santarém sediará o Fórum Social Pan Amazônico

O V Fórum Panamazônico tem por objetivo debater as Diversidades culturais e diversidades de línguas, identidades indígenas e dos povos da selva, mídias livres e alternativas, educação multilíngue e pedagogia da alternância.

O evento reúne oito países e mais o Brasil. “Vai ser um espaço onde a população vai poder estar se interando de alguns importantes debates que se dão tanto no Brasil como nos países da Pan Amazônia, onde a Amazônia passa. Então vai ser importante para nós”. Conta Jorge Coutinho, comissão de organização do fórum.

O fórum acontecerá nos dias 25 a 29 de novembro de 2010 no parque da cidade. As inscrições já estão disponíveis no site do evento

domingo, 19 de setembro de 2010

Conheça os peixes ornamentais da Amazônia


Brasil - Um pedacinho da Amazônia pode estar vivendo dentro da sua casa, sem você saber. A região de Barcelos, no Amazonas, é uma das mais ricas do planeta em peixes ornamentais, que são capturadas lá e vivem em aquários espalhados por todo o mundo.


Segundo as últimas estatísticas do Ibama, o Brasil exportou, em 2007, R$ 5,9 milhões em pequenos peixes de água doce, sendo que 90% desse valor veio de espécies capturadas no Pará e no Amazonas. O animal mais popular é foi o tetra cardinal (Paracheirodon axelrodi), da Região Norte, que alcançou a marca de 18,3 milhões de unidades exportadas.


A maior parte da atividade é feita de forma legal, e o Ibama tem uma lista de 379 espécies que podem ser coletadas. Na reserva de Amanã, no Amazonas, a captura é feita com o acompanhamento de cientistas, que estudam a melhor forma de tirar os peixinhos da natureza com o mínimo impacto.


Globo Amazônia

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sairé: da história nativa ao festival dos botos Tucuxi e Cor-de-Rosa

Santarém - O Sairé é a mais antiga manifestação da cultura popular da Amazônia. A festa resiste há mais de 300 anos, mantendo intacto o seu simbolismo e essência. A origem remonta ao período da colonização, quando os padres jesuítas, na missão evangelizadora pela bacia do rio Amazonas, envolviam música e dança na catequese dos índios (essa é a hipótese mais provável, já que, antes da catequização, os indígenas não conheciam a religião cristã, nem os textos bíblicos e nem o mistério da Santíssima Trindade).

Com as mudanças ocorridas ao longo desses 300 anos, o Sairé foi ganhando novos contornos. Atualmente, é festejado no mês de setembro e consiste em um ritual religioso que se repete durante o dia, culminando com a cerimônia da noite – ladainhas e rezas – seguida da parte profana da festa, representada pelos shows artísticos (com apresentações de danças típicas) e pelo confronto dos botos Tucuxi e Cor-de-Rosa. São cinco dias de muita música, dança e rituais resultantes do entrelaçamento social e cultural entre os colonizadores portugueses e índios da região do Tapajós.


Boto Tucuxi
Campeão na disputa entre os botos no Sairé 2010.

Boto cor-de-rosa











  
A história dos 300 anos de Sairé é um tanto quanto acidentada. Sofreu uma paralisação de 40 anos (de 1943 a 1973), voltando a ser realizada por iniciativa de moradores da vila de Alter-do-Chão, numa tentativa de reviver a antiga tradição local. O belo e singelo folclore, até meados do século passado, tinha significação puramente religiosa, celebrando a Santíssima Trindade, com um semicírculo (o Sairé) de cipó torcido, envolvido por algodão e enfeitado com fitas e flores coloridas. O símbolo possui três cruzes dentro do semicírculo e outra na extremidade, representando as três pessoas da Santíssima Trindade e um só Deus – é uma criação indígena com base nos escudos portugueses. Em lugar da Cruz de Cristo que adornava os símbolos portugueses, o Sairé (certamente por inspiração de algum missionário católico) associou o mistério da Santíssima Trindade, utilizando a imagem da pomba que representa o Espírito Santo. Este estandarte segue à frente da procissão, conduzido por uma mulher, que recebe o nome de Saraipora. Há registros de que o Sairé era canto e dança de certos índios da Amazônia. Em Alter-do-Chão, o que se conhece por Sairé é o seu símbolo, cuja versão corrente representa “o respeito dos índios, usado para homenagear os portugueses quando esses aportaram em suas terras”.



Na Grande Enciclopédia da Amazônia, o historiador Carlos Roque diz que Sairé é um semicírculo de madeira, que contém o relato bíblico do dilúvio: o grande arco representa a arca de Noé; os espelhos, a luz do dia, os doces e as frutas, a abundância de alimentos existentes na arca; o algodão e o tamborim, a espuma e o ruído das ondas durante os 40 dias de dilúvio. Os três semicírculos simbolizam a Santíssima Trindade e as três cruzes o calvário, com Jesus Cristo Crucificado entre os ladrões.
O folclorista Luís da Câmara Cascudo, reproduzindo trechos da obra "Poranduba Amazonense" de Barbosa Rodrigues, diz que Sairé (também chamado de Turiua), é uma espécie de procissão de mulheres em que carregam o instrumento que tem o nome de Sairé.

Fruto da colonização portuguesa, o Sairé tornou-se ao longo dos anos um atrativo obrigatório para quem pretende descobrir os mistérios e encantos da cultura santarena.
Somente com o passar dos anos é que outros valores folclóricos foram acrescentados, incluindo aí as danças do curimbó, puxirum, lundu, desfeiteira e quadrilhas. As outras danças foram incluídas aos poucos, obedecendo à iniciativa de moradores de Alter-do-Chão, descendentes dos índios Borari. Na Festa do Sairé, é possível apreciar dezenas de manifestações folclóricas, especialmente dança e música, apresentadas pelos moradores, como: camelu, desfeiteira, lundu, valsa da ponta do lenço, marambiré, quadrilha, cruzador tupi, macucauá, cecuiara e muitas outras.
A festa do Sairé é uma manifestação que mistura elementos religiosos e profanos, começando com o hasteamento de dois mastros enfeitados, seguido de ritual religioso e danças folclóricas desempenhadas pelos moradores da vila. No último dia, na segunda-feira, ocorrem a “varrição da festa”, a derrubada dos mastros, o marabaixo, a quebra-macaxeira e a “cecuiara” (almoço de confraternização). A programação termina à noite, com a festa dos barraqueiros.


Levantamento do mastro já decorado com frutos e folhas
Este ano, o Sairé aconteceu entre os dias 8 e 12 de setembro, envolvendo o tradicional ritual religioso, manifestações folclóricas variadas, shows artísticos (Margareth Menezes e Barão Vermelho) e apresentação dos Botos Tucuxi e Cor-de-Rosa no Lago do Botos (antigo sairódromo), além de arraial e do banho no paradisíaco Lago Verde. A fauna amazônica é uma fonte inesgotável da cultura popular e inspirou os folguedos que abundam em toda a Região, como a lenda do boto (na terceira parte do ritual, por exemplo, ele é arpoado e morto pelo pescador porque emprenhou cunhã-borari, filha da poderosa Principaleza, a senhora do Lago Verde. Mas logo é ressuscitado pelos pajés da tribo).
A Amazônia é rica em lendas e tradições, mas nenhuma se compara à lenda do Boto. Caboclas e caboclos contam estórias e crenças sobre o irresistível sedutor amazônico. Quem ainda não ouviu falar da fama de conquistador que lhe é atribuída? Dizem que, nas festas, comparece sempre de chapéu à cabeça e procura seduzir mulheres jovens e bonitas.
O boto tem inspirado grupos folclóricos na criação de danças que retratam sua lenda. Em Alter-do-Chão, na Festa do Sairé (símbolo do respeito dos indígenas pelos portugueses colonizadores), é difícil dizer o que mais surpreende: se o próprio local e suas praias paradisíacas, chamadas de "Caribe da Amazônia", ou a festa nascida dos índios Borari, nos tempos do Brasil colônia
 


RITUAL DOS BOTOS
Toda a trama e coreografia do folclore dos botos Tucuxi e Cor de Rosa gira em torno da sedução, morte e ressurreição destes personagens, entre lendas regionais, tribos indígenas, a Cunhantã-iborari, a Principaleza do Lago Verde, a Rainha do Sairé, o Tuxaua, o Pajé e os pescadores. O enredo tem ideologia ecológica, pois ressalta a natureza, em especial o Lago Verde, palco da trama. E quando o boto é morto por ordem do Tuxaua, pai da Cunhantã-iborari, que foi engravidada pelo golfinho amazônico, recai sobre ele a fúria dos maus espíritos da região. Por isso, a pedido do próprio Tuxaua, vem o Pajé e ressuscita o boto. É a apoteose do folclore.

Sedução do boto sobre a cabocla amazônica





Boto cor-de-rosa                                               





O QUE É BOTO?
Boto é um cetáceo que vive nas águas do Rio Tapajós, também chamados pelos índios de Pirajaguara, ou peixe-onça. O boto tem como virtude ser amigo do homem, amparando náufragos e conduzindo o alimento à rede do pescador. Daí tornar-se, segundo a iconografia cristã, símbolo da Eucaristia.




Texto divulgação da PMS

 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A Pousada Encanto Amazônico possui como características chalés com temas eminentemente amazonicos e você pode escolher entre o "Chalé do Tucunaré", o "Chalé Bambu", o "Chalé do Muiraquitã" ou outros. Todos os chalés estão equipados com TV, ar condicionado e chuveiro elétrico. Oferece serviços como o café da manhâ das 7h às 10h e lavanderia. A Pousada fica a  alguns metros das maravilhosas praias de Alter do Chão, como Lago Verde, Ilha do Amor e Ponta do Cururu, e a 30 km de Santarém. A Vila de Alter do Chão conta com  Correios, Centro de Saúde, agência bancária, mini-mercado, posto de combustível, restaurantes e comércio diversificado incluindo artesanato. As atrações locais são inúmeras e variadas: em fevereiros o carnaval que remonta ao passado com brincadeiras e cantorias nas ruas da vila; em julho o Festival Borari tradição de seu passado indígena; em setembro o Çairé onde as lendas do boto são o ponto alto e em dezembro a grande festa da passagem do ano. Ao longo do ano inteiro Alter do Chão oferece o lazer em praias de rio com águas verdes e transparentes, pescarias, trilhas ecológicas, observação de pássaros, da  flora e fauna amazônica, além de permitir ao visitante participar da famosa "piracaia*" nas noites de luar.

Obs:* piracaia - significa a pescaria realizada nas noites de luar onde se assa o peixe ainda vivo em fogueira simples, na praia, e tudo é acompanhado da música que vem do movimento das águas do rio e das rodas de conversas entre amigos.