A expedição conheceu também o fenômeno das areias brancas, uma área chamada de “campinarana”, que não é uma campina verdadeira.
Uma incursão em áreas desmatadas às margens da PA 254 (estrada do BEC), onde ainda podem ser identificadas castanheiras centenárias, foi a primeira atividade da expedição IFNOPAP, que aportou em Oriximiná, no extremo Oeste do estado, nos dias 18 e 19 de outubro. As árvores estão sendo catalogadas por meio de um projeto desenvolvido pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
A maioria já está com os troncos danificados por causa das constantes queimadas na região. A equipe também pôde conhecer uma das cachoeiras que estão espalhadas pelo município, localizado às margens do Rio Trombetas.
A expedição conheceu também o fenômeno das areias brancas, uma área chamada de “campinarana”, que não é uma campina verdadeira. “Acredita-se que estas áreas foram formadas no período do grande lago, ou seja, na inversão do curso do Rio Amazonas, que – de acordo com estudos geológicos – já teria corrido num sentido contrário ao que conhecemos hoje”, explicou o professor, que também chamou a atenção dos expedicionários para a exploração ilegal dessas áreas, o que vêm sendo feito por empresas que produzem matéria prima para o asfalto e o ramo da construção civil. As áreas de areia branca se estendem de um limite a outro do município de Oriximiná, determinado pelos lagos Caipuru e Iripixi.
A expedição “Revisitando Cultura e Biodiversidade entre o Rio e a Floresta: Do Guamá ao Tapajós”, realizada pelas universidades UFPA, UFOPA e UEPA, em comemoração aos 15 anos do programa IFNOPAP-Campus Flutuante e programa Expedições do CFI/UFOPA, saiu de Belém no último dia 13 de outubro, a bordo do catamarã Rondônia, com destino a Santarém, passando por Monte Alegre, Oriximiná, Óbidos e Alenquer, onde desenvolve atividades técnico-científico-culturais, reunindo pesquisadores do Brasil e de várias partes do mundo.
Castanheira em Oriximiná |
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